quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Roland

Imola, April 30th 1994. Ayrton Senna runs to join Syd Watkins in Medical car after Ratzenberger's fatal crash.

Despedida EM CONTRUÇÃO


Jo Ramirez, Senna e Galisteu na despedida em um Jantar no La Tratoria


No festivo jantar de despedida da equipe realizado no restaurante La Tratoria, em Adelaide, em 7 de novembro de 1993, Jo Ramirez, o mexicano decano da Mclaren, abriu um breve discurso com uma ode a Senna:

"O verdeiro campeão nasce nas dificuldades. Só nos desafios é que se pode vê-lo em todo o esplendor. Aí descobre-se porque é campeão."

Senna e Galisteu na despedida de Ayrton da McLaren

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Ayrton Senna salvando a vida de Erik Comas, em 1992.


Nos treinos para o GP da Bélgica de 1992, a Ligier de Comas vinha em volta rápida quando perdeu o controle subitamente na curva Blanchimont e bateu com força. Ao ver o piloto desmaiado, o brasileiro Ayrton Senna, da McLaren, que também vinha em sua volta rápida, parou o seu carro, desceu do cockpit, correu em direção ao Ligier e encontrou Comas desmaiado. O tricampeão mundial segurou a cabeça de Érik até a chegada da equipe médica. Tempos depois o próprio Erick em entrevista disse que Ayrton Senna havia lhe salvado a vida, já que no momento em que ele o socorria, Ayrton Senna desligou o seu carro, o qual estava vazando combustível do motor, o que iria causar uma explosão.

“Sem a ajuda de Senna, eu teria morrido porque minha Ligier explodiria. Ayrton parou para me ajudar, quando meu próprio companheiro de equipe já havia passado reto. Ele tinha um coração sensacional”, afirma Comas, que raramente fala sobre o assunto.

Dois anos depois, os papeis se inverteram, desta vez no fatídico GP de San Marino. Ayrton Senna, agora na Williams, bateu o carro na curva Tamburello e não conseguiu sair do carro. Érik, que competia pela Larrousse, não percebeu que o helicóptero que resgataria Senna estava na pista. Para evitar uma tragédia maior, o francês freou bruscamente, e ao ver o brasileiro sendo socorrido pelos médicos, Comas, que estava bastante assustado, decidiu abandonar a prova

Apesar de não ter falado muitas vezes sobre o acidente que matou o amigo, Comas lembra-se com detalhes do dia 1º de maio de 1994. Ele foi o único piloto que não participou da relargada do GP de San Marino, após a colisão de Senna na Tamburello. Quando soube do que havia acontecido, foi com sua Larrousse até o local do acidente e desceu do carro.

“Fui o último piloto a ver Ayrton na pista, enquanto ele recebia assistência médica ao lado do carro. Depois entrei na ambulância e fiquei ao lado do capacete dele. Ali senti que ele tinha morrido. Fiquei arrasado porque não pude fazer por ele o que ele fez por mim”, rememora Comas. 

Após aquela prova, Comas prometeu que jamais voltaria a disputar uma corrida de Fórmula 1. Mudou de ideia e, duas semanas depois, estava no grid para a prova de Mônaco. No fim daquele ano, contudo, a tristeza o levou a desistir. “No GP do Japão, eu vi que não conseguiria esquecer que estava em um esporte assassino, e que meu amigo tinha morrido no dia 1º de maio”.


terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Adriane Galisteu se Despedindo de Ayrton Senna


Ayrton Senna e a Foto da Sacada em Monaco

30.04.09 - Por Lemyr Martins




Reportagem Por Lemyr Martins

Eu tinha proposto a Ayrton Senna uma reportagem-retrospecto sobre seus dez anos de F-1. Ele topou e marcou para o dia 24 de maio de 1993, em seu apartamento no Boulevar Princesa Grace, em Mônaco, sua casa durante a temporada européia. Era uma morada confortável, de 260 m2, com sacada e vista total para a famosa baía do Principado, onde eu imaginei o cenário ideal da foto de abertura da reportagem.

Sugeri-lhe fazer primeiro as fotos, para aproveitar a bela luz da enseada de Monte Carlo, mas Ayrton cortou minha inspiração.

- Na sacada não saio.

Insisti. Argumentei que aquela foto resumia tudo: o apartamento, a cidade e o circuito de Mônaco, cenário da sua 39ª vitória, conquistada na véspera.

- Acho ostentação, não gosto disso – resumiu Ayrton, definitivo.

Porém, se dispôs a posar dentro do apartamento, que era decorado com cores claras, muita luz natural, poucos e grandes móveis. Segurou, com certa emoção, os troféus de cristal e uma salva de prata do primeiro título mundial, ganho em Suzuka, no Japão, em 30 de outubro de 1988.

A entrevista estava pautada para ouvir o tricampeão sobre sua filosofia de vida, pensamentos sobre política, negócios, dinheiro, amor, ódio, ciúme, lágrimas. Emoções tão comuns nos mortais, mas pouco reveladas pelas celebridades. Enfim, uma viagem nos dez anos de carreira do super-piloto de 33 anos.

Perguntei-lhe, então, se ele já havia parado para pensar quem é o Ayrton Senna?

Ele abriu a guarda, o que era raro, e comecei a disparar meus melhores golpes. O primeiro já estava engatilhado:

— Esse cara é feliz?

Ayrton mergulhou no seu personagem e viajamos duas horas e meia na história do piloto e do homem.

Enquanto ouvia e gravava, esperava que ele voltasse à Terra para insistir na foto da sacada.

De repente, percebi que não tinham sido os perigos e sim as derrotas e as vitórias que haviam condecorado o seu rosto com rugas precoces. [Mesmo porque ele usava ambas para temperar o seu caráter de jogador, e tinha consciência de que a vitória é uma doença que só a derrota cura.

A entrevista estava ótima. Nunca tinha visto um Ayrton Senna tão receptivo e disposto a passar a limpo a sua década de Fórmula 1, à exceção de posar para a foto na sacada.

Ele lembrou, espontaneamente as desavenças com vários pilotos: as brigas com Mansell, as trocas tapas com Eddie Irvine no GP do Japão e a ida às vias de fato com o então peso médio Michael Schumacher, num treino em Hockenheim, na Alemanha, e o veneno das farpas trocadas com Nelson Piquet.

Eu tinha mais do que imaginara, mas faltava a foto na sacada.

Temendo outra negativa, inquiri-o sobre o risco. Ele admitiu que o medo era seu companheiro íntimo e sacou um parágrafo de efeito, sugerindo o fim da entrevista:

“O medo é o limite entre a realidade e o fascínio que o risco desperta”.

Captei a mensagem e, então, resolvi correr o risco, insistindo na foto na sacada. Ayrton não respondeu, saiu da sala e voltou em cinco minutos. Tinha trocado a camisa listrada por outra camisa bege e, sem dizer uma palavra, apoiou-se no muro da sacada.

Apanhei a minha câmera, que já estava com a lente grande angular e filme para 200 asas, regulei o diafragma para ter profundidade de foco e disparei feliz. Essa foi a história da foto lá no alto, que foi publicada muitas vezes, em vários veículos, desde então.

FONTE

Quatro Rodas – Coluna de Lemyr Martins

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Adriane Galisteu Jovem Fotos 1993/1994

Adriane Galisteu na Época do Ayrton Senna
















Na casa da Lapa em São Paulo


Em ensaio nos anos 90

Em ensaio nos anos 90




















Adriane reencontra as amigas Grid Girl no Grande Prêmio do Brasil de 1994

Ayrton Senna Visita Ponto de Batida em Mônaco de 1988



Sempre que está em Mônaco, Ayrton Senna sai de seu belo apartamento na Avenida Princessa Grace e inicia uma corrida a pé de 9 quilômetros, percorrendo todoo o circuito da Fórmula 1. Pasa pelo túnel, contorna a enseada do principado, faz a curva do Cassino e passa pela última curva do traçado. Nesse momento diz para si mesmo: "Foi aqui."

Toda vez que atinge aquele loca o mais polêmico piloto da F1 lembra-se que em 1988, naquele ponto exato, ele bateu seu carro sozinho quando tinha quase 1 minuto de vantagem sobre Alain Prost e acabou perdendo o grande prêmio de Mônaco. "Sempre que eu passava por ali, naquele ano, me cobrava: "Se´ra que vou perder o campeonato por causa daquele erro?""





domingo, 24 de fevereiro de 2013

Entrevista Adriane Galisteu Sobre Família Senna, Ayrton Senna e Xuxa

Adriane Galisteu aos 19 anos, idade que tinha quando conheceu Ayrton




Conta um pouquinho quem você é:

Adriane Galisteu - Eu sou de uma família simples, originária de um bairro simples e que continua uma pessoa simples. Tinha uma vida que era casa-escola, escola-trabalho, trabalho-casa. Eu sempre trabalhei, comecei com nove anos de idade, como modelo. Na adolescência fui para a Jet Set, que fechou. De lá, eu fui para a Elite.

O homem, Ayrton Senna:

Adriane Galisteu - Eu costumo dizer que a minha maior dor, além daquela do dia 1º de maio ou do funeral, foi a do dia que eu revirei as coisas da casa onde a gente morava em São Paulo. Lá eu vi o pijama, a escova de dentes, o banheiro, a cama, a cozinha... naquela casa, faltava vida, faltava alegria, faltava o homem, faltava o Ayrton; não o Ayrton das corridas, mas o que eu via brincando com os cachorros, almoçando com os amigos, conversando comigo a respeito do nosso futuro...

Imprensa:

Adriane Galisteu - Uma aliada

Adriane, aproveito a deixa para lembrá-la de que "essa mesma imprensa" ficou chamando a atenção para a hostilidade com que foi tratada pela família Senna da Silva durante o velório e o enterro. Afinal, Adriane, que cena foi aquela?

Adriane Galisteu - Não posso desmentir um acontecimento que todo mundo viu, e não apenas a imprensa. Felizmente, ficou claro que a atitude não partiu de mim, veio do outro lado. Não me perguntem por que eles agiram assim, estranhei tanto quanto vocês.

- Outra verdade a respeito da Adriane: embora tenha motivos, ela não abre a boca para criticar a família Senna

- Na mesma noite da tragédia, alguém da família fez uma ligação internacional para se certificar de que você já tido sido expulsa da mansão de Senna, no Algarve, em Portugal?

Adriane Galisteu - Sim isso aconteceu...

- No recente livro de Norio Koike, fotografo de Ayrton, você aparece em uma única foto, sem identificação, enquanto outra exibe o piloto e Xuxa. O comportamento da família tem ligação com essa seleção de fotos?

Adriane Galisteu - Provavelmente. Só digo que, por mais que tentem, não vão conseguir apagar a importância de Adriane Galisteu na vida amorosa do Ayrton. Não encaro a seleção de fotos como um desrespeito a mim, e sim a ele.

- Sobre Xuxa no Funeral:

Adriane Galisteu - Não tenho nada contra a Xuxa e não estranhei que estivesse no funeral, mas foi encenação sair de mãos dadas com a Viviane.

Livro:

Adriane Galisteu - Escrevi o livro para ganhar dinheiro, sim. Eu tinha abandonado de vez minha profissão de modelo por insistência do Ayrton. (A família bloqueou sua conta bancária no Brasil - aquela em que Ayrton depositava as despesas do dia-a-dia do casal). Sem trabalho, com contas vencendo, é obvio que eu precisava urgentemente de uma fonte de renda. Mas tenho certeza de que também seria condenada se optasse por fazer publicidade. Sabe o que as pessoas diriam? "Olha que fingida, mal Senna morreu e ela já está aí, rindo nos outdoors."

Casamento:

Adriane Galisteu - "Nós já morávamos juntos havia 1 ano e meio. A partir do momento em que duas pessoas juntam as escovas de dentes, não falta muito para casar."

Culpa morte Senna:

Adriane Galisteu - "Nem quem, nem o quê, nem nada. Acusar alguém não vai trazer ele de volta. Ninguém queria a morte dele. Sou contra esse laudo que apontou a Williams como a causadora do acidente."

- Mas você não acha que as condições de segurança...

Adriane Galisteu - Aí tem um erro humano. A falta de segurança em Ímola foi decisiva... uma corrida naquela pista era o maior absurdo do mundo. Uma coisa assassina. Eu retornei depois do acidente a Bolonha e vi a segurança do autódromo, tem áreas de escape... você nem reconhece mais. Só que na minha opinião, Ímola deveria ser riscada do mapa da F1.

- Mesmo com as reformas?

Adriane Galisteu - Mesmo assim: adianta morrerem duas pessoas pra se tomar uma decisão? Eu acho que a pista deveria sair do calendário como uma espécie de punição, não só pelo Ayrton como também pelo Roland Ratzenberger, que morreu na véspera, com o pescoço quebrado, na segunda corrida da vida dele.

- Então, quem seriam os organizadores e o que seria o circuito de Ímola. Não é isso?

Adriane Galisteu - Não sei se é isso. Mas sei que as pessoas só vêem cifrão no circo. A F1 se tornou uma máquina de fazer dinheiro, e não um esporte. Do jeito que está, não vão continuar enganando muita gente (injuriada).

- Como reage à indiferença ou hostilidade da família Senna?

Adriane Galisteu - Não tenho uma atitude contra ou a favor. Não sou a pessoa indicada pra responder. Se você perguntar para a família Senna o motivo dessa hostilidade, vai perceber que nada partiu de mim. Fiquei no meu lugar, da namorada com quem ele vivia.

- Não se sente injustiçada?

Adriane Galisteu - Eu me sinto, sim, incapaz de cobrar uma mão, um aceso, um olhar de quem quer que seja.

FONTE: Revista Ele Ela, Nº 311, Junho de 1995

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Adriane Galisteu e Senna Relatos de Amigos EM CONTRUÇÃO

Ayrton e Adriane em Bercy na França 1993

TRADUÇÃO LIVRE

No início de dezembro, eles voaram para a Europa para uma corrida de kart em Bercy, na França. O Piloto belga Bertrand Gachot, ex piloto de testes e um amigo de Senna, recorda:

Eu os vi muito em Bercy e ele estava muito apaixonado por ela. Eles não se separaram por um minuto e foi realmente bom de ver.

Gachot tinha uma problema muito grave. Quando ele foi preso por um assalto a motoristas de táxi de Londres, em meados de 1991, Senna foi o único piloto que se apresentou como um personagem, uma testemunha, e escreveu uma carta de apoio ao juiz inglês, que o prendeu.



IDIOMA ORIGINAL

At the beginning of December they flew to Europe for a go-kart race at Bercy in France. Belgian driver Bertrand Gachot, a former Grand Prix regular and a friend of Senna's, recalls:

I saw them at Bercy a lot and he was very much in love with she. They didn't separate for one minute and it was really nice to see.

Gachot had a serious soft spot for Senna. When he was jailed for an assault on London taxi driver in mid-1991, Senna was the only driver who came forward as a character, witness, writing a letter of support to the English Judge who jailed him.




FONTE PESQUISADA

RUBYTHON, Tom. The Life of Senna. 1º Edição Sofback. London: BusinessF1 Books, 2006.