terça-feira, 4 de junho de 2013

CAMINHO DAS BORBOLETAS - AYRTON ESTÁ EM ESTADO GRAVE

Mas um telefonema me chamava à razão. De Sintra, da quinta onde mora com seu marido, o banqueiro Antônio Carlos de Almeida Braga, e com Joana e Maria, suas duas filhas adolescentes, minha amiga Luiza exibia uma voz preocupada:
- Braga ligou de Ímola. É grave. É gravíssimo. Você tem de ir pra lá imediatamente.

Adriane, Ayrton e Braguinha



- Luiza, vem comigo, por favor. Não me deixe sozinha. Ela, então, alugaria um jatinho em Lisboa. Até o Faro, meia hora. De lá, direto para Bolonha. Pedi para a Clara, uma amiga de lá e decoradora da casa, que me fizesse uma maleta de mão, imaginando dois, três dias de estada ao lado dele, num hospital qualquer. Esqueci a televisão, as imagens repetidas, apaguei da memória o rosto assustado daquela improvisada platéia que apareceu na casa da Quinta do Lago e tentei me fixar na idéia do encontro próximo, ainda que doloroso. Machucado que estivesse, eu queria pegá-lo. Tocar seu peito. Acariciar seus pés. Sonhava com o contato físico, pele na pele. Queria sussurrar-lhe ao ouvido coisas bonitas e encorajadoras.




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