segunda-feira, 28 de julho de 2014

Vídeo Ayrton Senna Vence GP San Marino 1988 + Reginaldo Leme Entrevista Senna, Prost e Piquet

Piquet (3º), Senna (1º) e Prost (2º) no pódio do GP de San Marino 1988


Assista o Vídeo:



GP Nº 66 – GP de San Marino: Ímola, 1º de Maio 1988

Senna chegou a Ímola fazendo declarações de amor à sua máquina e dando mostras de que podia ser feliz para sempre na McLaren. “Estou muito contente. Pela primeira vez na minha vida tenho um carro para controlar o ritmo da corrida e tocar para a vitória.”

Em lua-de-mel dulcíssima, piloto impetuoso e máquina deram um passeio no Grande Prêmio de San Marino. Para começar, o casal perfeito marcou a pole position – a quarta de Senna no Autódromo Dino Ferrari e a 18ª de sua carreira de 64 GPs. Não foi uma pole qualquer. Senna e seu companheiro de equipe, Alain Prost, fizeram dois segundos a menos que Nelson Piquet, que largou em terceiro. Só isso já fazia prever que a corrida e a temporada seriam duas, uma entre os dois McLaren e a disputa entre os outros.

Não deu outra. Sem demonstrar a menor fadiga, Ayrton Senna falava calmamente depois de erguer o troféu no pódio, como se o esforço das 60 voltas pelo dobrado e sinuoso circuito de Ímola nem tivesse existido. Nada o havia abalado. Nem o medo de não poder terminar a prova quando um pequeno vazamento de óleo da caixa de câmbio pingava o lubrificante no cano de descarga, desprendendo uma fumaça azul e dando a impressão de que o motor ia estourar.

“Claro que tive meus problemas”, admitiu Senna. “O mais grave aconteceu na décima volta. A alavanca do câmbio ficou mole e temi a repetição da falha acontecida no GP do Brasil. A coisa esteve tão crítica que tive de me concentrar para não errar as marchas. Parecia que eu guiava um caminhão.”

Câmbio mole à parte, a lua-de-mel transcorria às mil maravilhas. No duelo com Prost, Senna saiu levando vantagem logo que acendeu a luz verde. O francês largou mal. “O motor não atingiu a potência real na primeira acelerada”, explicou. E a fuga do brasileiro foi definitiva. “Quando cheguei ao segundo lugar (oitava volta), o Senna tinha dez segundos de vantagem e isso alterou meu ritmo, que era ditado pelo consumo”, resignou-se Prost. Se a corrida dos McLaren acabou sendo monótona e sem briga, o duelo pelo terceiro lugar foi emocionante. Nelson Piquet (Lótus-Honda) foi o grande vencedor. Largou em terceiro, em terceiro chegou, mas precisou batalhar o tempo todo, primeiro contra o fogoso Alessandro Nannini, da Benetton, e depois contra o ex-“companheiro” da Williams, Nigel Mansell. Mas tanto Piquet como os demais pilotos sabiam que, naquela altura do campeonato, não dava para enfrentar os McLaren. Teriam, então, que encarar o duelo de coadjuvantes a que estavam relegados Lótus, Ferrari, Benetton e Williams.

Nelson Piquet ainda fez piada quando lhe perguntaram se sentiu medo ao passar pela curva Tamburello, local onde tinha sofrido um grave acidente nos treinos, no ano anterior. “Se eu fosse me preocupar com as curvas em que sinto medo, iria para casa e desistiria da Fórmula 1”, respondeu.

Medo da Tamburello Piquet podia não ter, mas sentiu o ambiente pesado no pódio. Esse fato nem ele nem Senna puderam esconder. Pena, mas não se repetiram cenas de outras gloriosas dobradinhas brasileiras com a divertida guerra de champanhe. Nem o pódio nem o champanhe adoçaram o azedume dos pilotos brasileiros – eles não se cumprimentaram.

A corrida de Senna em San Marino, do pulo à bandeirada, na 60ª volta, foi tão perfeita que ele só faltou colocar uma volta em Alain Prost, segundo colocado. De Nelson Piquet (Lótus-Honda), terceiro, a Nicola Larini (Osella), 27º, todos ficaram na poeira. Naquela tarde aconteceu uma identificação do estilo guerreiro e abusado de Ayrton Senna com a tifosi, que já sonhava com o brasileiro numa Ferrari.

***********************************************

Curiosidades

  • 454º GP
  • 7ª vitória para Ayrton Senna
  • 50° Grande Prêmio para Philippe Alliot
  • 57ª vitória para McLaren
  • 300° Grande Prêmio para McLaren
  • 29ª vitória para Honda como construtor de motor
  • 60 voltas x 5.040 km - 302.400 km
  • Pole Position: Ayrton Senna
  • Volta mais rápida: Alain Prost , 01:23.214
***********************************************

Classificação final – GP de San Marino




***********************************************

Fotos F1 GP San Marino 1988 - Ímola - Imagens - Images - Picture - Photos























FONTES PESQUISADAS

MARTINS, Lemyr. Uma estrela chamada Ayrton Senna. 1º edição. São Paulo: Editora Panda, 2001.

Disponível em: <http://www.gps.gpexpert.com.br/2011/05/gp-de-san-marino-de-1988.html>. Acesso em: 28 de julho 2014.

Nenhum comentário:

Postar um comentário