sexta-feira, 19 de maio de 2017

Preleção da Vitória do Botafogo Teve Exemplo de Ayrton Senna Aos Atletas

Comissão técnica mostrou a forma como o ex-piloto viveu e conduziu a carreira para motivar os atletas antes da partida contra o Atlético Nacional (COL) desta quinta-feira

Felippe Rocha
19 MAI 2017      06h04

Ayrton foi tricampeão mundial de Fórmula 1 (Foto: JEAN-LOUP GAUTREAU / AFP)


A atuação do Botafogo contra o Atlético Nacional pode não ter sido brilhante, mas foi eficiente o suficiente para garantir a classificação da equipe alvinegra para as oitavas de final da Copa Libertadores da América. E a disposição dos jogadores no duelo desta quinta teve uma inspiração quase que infalível: Ayrton Senna foi utilizado na preleção.

O ex-piloto, tricampeão de Fórmula 1, e morto em 1994, após acidente durante uma prova, foi utilizado como exemplo. Em vídeo, a comissão técnica quis transmitir a seriedade, a garra e a determinação com que o ídolo nacional geriu a vida profissional. O vice-presidente de futebol, Cacá Azeredo, relata que a estratégia funcionou.

- No final, ainda passaram um vídeo bonito do Ayrton Senna, as etapas que ele passou. Aquilo motiva o jogador. A gente vai chegar - garantiu o dirigente.

Se os jogadores estavam vibrantes em campo, após a partida eles estavam visivelmente emocionados. O lateral-esquerdo Victor Luís explica que as derrotas para o Barcelona (EQU) e para o Grêmio exigiram uma chacoalhada já durante a semana, e que a imagem de Ayrton Senna foi proveitosa. 


- Durante a semana, nos cobramos. Foi jogo ruim para nós, lá em Porto Alegre (RS). Na preleção teve o vídeo, e o cara foi muito vitorioso na profissão e na vida. Isso nos motivou e nos motiva muito. Foi um fator especial para esse grande jogo que fizemos hoje (quinta) - analisa. 



Pimpão foi novamente decisivo para o Botafogo
Márcio Mercante / Agência O Dia





Botafogo conquistou a classificação na Libertadores
Márcio Mercante / Agência O Dia

Botafogo conseguiu classificação para as oitavas de final da Libertadores com rodada de antecedência


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Senna, negação e puxão de orelha: Bota recupera brio e identidade na Libertadores

Técnico Jair Ventura provoca e desafia os atletas antes do jogo, equipe recupera espírito copeiro e avança às oitavas de final da Taça Libertadores com méritos

Por Felippe Costa e Marcelo Baltar, GloboEsporte.com, Rio de Janeiro
19/05/2017  06h00  

 
Jogadores do Botafogo comemoram classificação na Libertadores da América (Foto: Satiro Sodré/SSPress/Botafogo.)

Um puxão de orelhas, esporadicamente, fez bem. Por vezes, se faz até necessário. Nesta quinta, o Botafogo voltou a ser o time que encantou no início da Libertadores. Foi organizado, dedicado e, acima de tudo, aguerrido. Uma equipe com brio e identidade. Mas a vitória por 1 a 0 diante do Atlético Nacional, atual campeão, começou momentos antes do início da partida: na preleção.

Para motivar, mostrar a importância da superação e resgatar o espírito do início da Libertadores, o técnico Jair Ventura apresentou ao elenco um vídeo sobre Ayrton Senna e algumas barreiras que o tricampeão da Fórmula 1 teve que enfrentar para se tornar um vencedor. Além disso, a comissão técnica também adotou uma estratégia diferente e fez uso da "negação", provocando os atletas e dizendo que eles não seriam capazes de passar por alguns obstáculos.

- O Jair é um técnico maravilhoso. Além de motivador... Se um dia você tiver a oportunidade de assistir uma preleção dele... Os jogadores saem babando na gravata e querendo ganhar o jogo de qualquer maneira. É um grande ponto que o Botafogo tem. No final da preleção passaram um filme sobre o Ayrton, as etapas que ele passou... Isso motiva - afirmou Cacá Azeredo, vice de futebol do Botafogo.


De fato, os jogadores entraram em campo “babando na gravata” desde o apito inicial e resgataram a identidade aguerrida dos primeiros jogos na Libertadores. Deu certo. Os colombianos pouco ameaçaram, o time voltou a vencer a garantiu a vaga nas oitavas de final com uma rodada de antecedência.

- Puxei a orelha deles. Tem que sair assim, esgotados. Quando se dá o máximo em campo, o resultado aparece, você dorme tranquilo. Temos sempre que dar o máximo na vida. A vida é curta, e temos que dar o nosso melhor. Não sei até onde o Botafogo vai. Mas sei que vamos sempre dar o nosso melhor. Cada jogo vai ser como uma grande final – frisou Jair Ventura.

Por conta das atuações apáticas e irreconhecíveis nas derrotas para Barcelona de Guayaquil e Grêmio, o Botafogo já vinha sofrendo críticas quando à queda de rendimento nos últimos jogos. Jair Ventura reconheceu que estava faltando algo, mas disse que a cobrança e, especialmente a mudança de postura, foram algo interno, que partiu deles próprios.

- A nossa motivarão e mudança de postura tem que ser interna. Estávamos incomodados. Quem tem que mudar a situação somos nós. Sabíamos da nossa responsabilidade. Sofremos uma derrota em casa, mas ficou claro que aquilo foi o acaso.


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FONTE PESQUISADA

ROCHA, Felippe. Preleção da vitória do Botafogo teve exemplo de Ayrton Senna aos atletas. Disponível em: <https://www.terra.com.br/esportes/lance/prelecao-da-vitoria-do-botafogo-teve-exemplo-de-ayrton-senna-aos-atletas,6c88ca42ba001af3f8a29dcb3e4e3351kf4ehnki.html>. Acesso em: 19 de maio 2017.

COSTA, Felippe; BALTAR, Marcelo. Senna, negação e puxão de orelha: Bota recupera brio e identidade na Libertadores. Disponível em: <http://globoesporte.globo.com/futebol/times/botafogo/noticia/senna-negacao-e-puxao-de-orelha-bota-recupera-brio-e-identidade-na-libertadores.ghtml>. Acesso em: 19 de maio 2017.

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