sábado, 14 de outubro de 2017

Piloto de Jato Não Teve Coragem de Dar Notícia Para Adriane Galisteu

Piloto do Jato, que levava Adriane Galisteu para ver Ayrton Senna após acidente, não teve coragem de dar a notícia da morte do piloto para Adriane. 


Às 18h05, a Dra. Fiandri, com a voz tremendo pela gravidade de seu anúncio, disse a repórteres que Senna estava clinicamente morto. Ele ainda estava ligado, disse ela, ao equipamento que mantinha os batimentos cardíacos. As notícias tomaram os programas de notícias do início da noite. No Reino Unido, uma hora atrás da Europa, os boletins de notícias aguardavam um veredicto final.

Josef Leberer voltou para Imola para buscar seu carro. Um médico lhe deu carona.

Neyde da Silva (mãe de Ayrton Senna), ligando do Brasil, disse ao filho Leonardo que pedisse ao hospital que providenciasse um padre para visitar seu filho mais velho. O padre chegou, entrou no quarto de Senna às 6:15 da tarde e deu-lhe a extrema-unção. Às 6h37, o coração de Senna parou de novo e a Dra. Fiandri decidiu não tentar mais reanimá-lo. Manter um homem que estava efetivamente morto artificialmente vivo era eticamente duvidoso. Ela disse que já era o suficiente. Às 6h40, a Dr. Fiandri anunciou que Ayrton Senna estava morto, mas disse que o horário oficial da morte seria às 2:17 da tarde, quando ele tinha batido o carro no muro e seu cérebro parou de funcionar.

Ignorando isso, Juraci (governanta da mansão de Senna no Algarve/Portugal) levou de carro Adriane para o aeroporto de Faro. Quando o avião fretado chegou, por volta das 18h30, Adriane estava esperando desesperadamente na pista. Assim que a porta se abriu, ela entrou a bordo e se jogou nos braços de Luiza Braga (mulher de Antônio Braga, o Braguinha). O piloto disse que seria um vôo de três horas. A bordo, Luiza disse a Adriane que seu namorado era forte como um touro e que não tinha ouvido mais nada do marido no circuito (de Ímola), e que não era muito grave. Mas, enquanto falavam, Senna já estava morto.

O capitão taxiou a borda da pista de decolagem e esperou a autorização para decolar. Enquanto esperava, uma mensagem foi transmitida para o avião. O piloto imediatamente taxiou de volta ao prédio do terminal, sem uma palavra para seus passageiros. A mensagem era que Ayrton Senna havia morrido, mas o capitão não queria ser o único a informar a notícia. Ele finalmente disse que havia um apelo urgente para que Luiza voltasse para a torre de controle. Ele disse: "Eu não tenho autorização da torre. Há uma ligação para Adriane." (Os olhos do capitão, enquanto falava, deviam ter dado a má notícia para para Luiza, então ela decidiu ir até a torre para atender a ligação.)

Adriane estremeceu com medo sobre o que a chamada poderia revelar.
Luiza correu logo que a porta do avião se abriu. Adriane saiu do avião e ficou sobrecarregada com o silêncio no terminal, as pessoas silenciosas lá, traindo a notícia que ela não queria ouvir. Adriane seguiu Luiza para a torre de controle. "Eu tremia toda, da cabeça aos pés", lembrou ela. Ela esperou em silêncio sozinha. Luiza Braga ficou pálida quando voltou.

Ela pegou a mão de Adriane. "Adriane", disse ela, mas Adriane a interrompeu e disse: "Luiza, só que não me diga que ele morreu." Ela respondeu do único jeito que ela poderia: "Ele morreu".


FONTE PESQUISADA

RUBYTHON, Tom. The Life of Senna. 1º Edição Sofback. London: BusinessF1 Books, 2006






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